sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Vereador agradece pela "vida de príncipe" oferecida pelo povo

Não demorou nem um mês para surgir um novo caso de ultrassinceridade. Depois do “investidor” Alessio Rastani afirmar que torcia pela quebra do euro e por uma crise econômica para faturar, agora foi a vez do vereador Rodson Lima (PP), de Taubaté, interior de São Paulo.

Em uma comunidade do Facebook na qual as eleições municipais de 2012 são debatidas, Lima postou a seguinte frase: “Nesse momento, estamos hospedados em um hotel cinco estrelas, com uma ‘big’ de uma piscina e de frente para o mar. Tudo pago com dinheiro público. O povo me dá vida de príncipe”. A declaração gerou revolta entre os eleitores da cidade, mas Lima não se acanhou. E repetiu as declarações, como conta o G1:

Em entrevista à reportagem da TV Vanguarda, afiliada da Rede Globo, ele voltou a falar sobre a vida de luxo no Sergipe. “Eu descobri que o hotel é três estrelas, mas pra mim é como se fosse um palácio. Eu estou conversando com você na janela e tem uma piscina de 40 metros com cachoeira, é brincadeira?!” , dizia a mensagem postada pelo vereador. O político também agradeceu ao seu eleitorado. “Vivo a vida de príncipe há 15 anos. Dois motoristas, assessores, celular, assessoria jurídica, gabinete com ar condicionado… Inclusive até postei assim: engenheiros que são formados por Harvard, Yale, Michigan não desfrutam disso que eu desfruto. É muita honra que o povo me dá. Eu sou eternamente agradecido”.

Talvez parte da explicação pelo comportamento de Rodson Lima pode estar no fato de ele estar inelegível para as próximas eleições. Ele responde a 14 processos na Justiça Eleitoral.

José Antonio Lima

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Troca de partido antecipa as eleições em Osasco

Alianças, conversas, intenções, conchavos, interesses, mudanças...Vereadores de Osasco mudam de legenda e acabam antecipando a disputa eleitoral em 2012, que promete ser uma das mais acirradas. Ana Paula Rossi deixou o PMDB e filiou-se ao PSDB. A vereadora, que teve seu nome cogitado como vice-prefeita na chapa de João Paulo Cunha - o mais indicado para a sucessão do prefeito Emídio de Souza - aceitou o convite do governador Geraldo Alckmin e do deputado estadual Celso Giglio e, nas próximas eleições, reforçará o quadro tucano.

Já Antonio Aparecido [Toniolo], ex-PRP e que está em seu quinto mandato, filiou-se ao PC do B. E na onda de mudanças, quem pega carona no novo PSD de Gilberto Kassab são os vereadores Osvaldo Vergínio, ex-PR, Josias [da Juco], ex-PP e [Fumio] Miazaki, que deixou o PRP. O novo partido já é a terceira maior força no Congresso Nacional. Cogita-se nos bastidores da política osasquense que Osvaldo Vergínio poderá lançar-se candidato a prefeito pela nova sigla. Fiquemos atentos!

Nas próximas eleições municipais, calcula-se que aproximadamente 600 candidatos disputarão as 21 cadeiras da Câmara. Vamos ficar de olhos bem abertos, ligados a cada movimento, pesquisar sobre o candidato e tomar a melhor decisão. É na hora do voto que temos a chance de avaliar aqueles que nos representam.


terça-feira, 11 de outubro de 2011

Antônio Aparecido Toniolo (Vereador de Osasco - PCdoB)



Atualizado em 08/10/2011

“Não estou saindo brigado do PRP, eu estou saindo por falta de condições. O partido não estava me dando condições de continuar um progresso político”

Priscila Nishimori
Junior Berilo
(politica@webdiario.com.br)

Ele é vereador de Osasco e está em seu quinto mandato. Esta semana ele deixou o PRP (Partido Republicano Progressista) e se filiou ao PCdoB (Partido Comunista do Brasil). Em entrevista ao Diário da Região, entre os assuntos abordados, o vereador Antônio Aparecido Toniolo, conhecido como Toniolo, fala sobre a sua mudança de partido. Além disso, ele também discorre sobre a expansão do PSD e afirma que o João Paulo Cunha (PT), deputado federal e presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), é o nome mais indicado para disputar a sucessão do prefeito Emidio de Souza na prefeitura de Osasco.

Por que o senhor decidiu sair do PRP?
Em Osasco o PRP é pequeno e o número de candidatos é insuficiente para eleger um vereador. E é a soma dos candidatos que dá essa possibilidade. Somando o candidato que dá 50 votos, 100, o de 2000, 5000, 8000. Somando tudo dá o quociente eleitoral. Ou seja, para que haja a eleição de um candidato esse quociente eleitoral deve atingir nas próximas eleições acredito que cerca de 22 mil votos. E o partido não tinha um número suficiente de candidatos para isso. Mas nesse caso pensando na possibilidade de não existir a coligação em 2012, que ainda está sendo analisada.

Como o senhor vê o PRP com a saída de dois vereadores?
A saída de dois vereadores é significativa. Em Osasco o partido deu uma enfraquecida, mas nós acreditamos que o PRP vai continuar sua vida, vai formar novos líderes e fazer novos vereadores.

Por que o senhor escolheu o PCdoB e não o PSD?
A escolha deu-se pela solidez que existe hoje dentro do PCdoB. Hoje, o Ministério dos Esportes é do PCdoB. Temos deputados estaduais, deputados federais, vereadores e havia uma nominata que essa lista de candidatos já é uma quantidade razoável para que pudesse eleger vereadores sem precisar de coligação. O PSD é um partido que a gente sabe que está sendo forte em âmbito nacional. É um partido que, em breve, será a terceira força dentro do contexto político. Porém, é uma legenda em formação aqui na cidade. Então nós ainda temos algumas dúvidas, algumas perguntas que precisam ser respondidas. O PSD já tem três vereadores, o Osvaldo [Vergíno] (ex-PR), o Josias [da Juco] (ex-PP) e o [Fumio] Miazaki (ex-PRP). E mais o Toniolo? Talvez ficasse uma chapa muito forte. Houve essa preocupação com os demais colegas também. Além disso, é um partido que estaria paralelo ao do prefeito Emídio. Como eu tenho um compromisso até dezembro de 2012 com o prefeito, preferi escolher um partido que estivesse dentro da base aliada para que não houvesse nenhum problema político até o término do próximo ano.

Escolhendo o PCdoB isso não causaria a cassação do seu mandato, já que não é um partido novo como o PSD?
O que houve na verdade foi uma possibilidade que o partido PRP me deu. O PRP fez um documento me liberando do partido para que eu pudesse seguir minha trajetória política. E esse documento me dá condições plenas de assumir qualquer outro partido. Não estou saindo brigado do PRP, eu estou saindo por falta de condições. O partido não estava me dando condições de continuar um progresso político. Não houve briga. Houve um acordo, uma vez que o partido entendeu que não tinha a condição de possibilitar a reeleição.

Com a mudança de partidos, como fica a questão ideológica? O senhor acredita que os partidos possuem o mesmo pensamento?
Eu já estou há 20 anos na política como vereador. Nesses cinco mandatos, três vezes eu já fui o vereador mais votado. Hoje, os meus eleitores que me ajudam e me acompanham votam na pessoa Toniolo, e não no partido, se ele é A, B ou C. Eles votam no projeto político e pelo o que o Toniolo tem feito pela cidade. Eu sou de uma área social. Tenho um projeto social voltado mais para as comunidades carentes. Os meus eleitores votam em mim por conhecer esse trabalho. É lógico que [os partidos] são diferentes. O estatuto do PCdoB é um e do PRP é outro. Eu vou ter que me adequar em algumas necessidades partidárias. Estou mudando de ‘casa’, mas a minha conduta continua a mesma.

O que muda com a sua ida para o PCdoB?
O PCdoB pretende crescer. Pretende fazer novos vereadores na cidade, ter secretarias, ter candidatos para vice-prefeito. Então, tudo isso faz parte de um projeto político aonde eu vim para somar. Lá [PCdoB] tem um grupo muito bom de pré-candidatos. E eu creio que com a minha ida para lá nós devemos fazer de dois a três vereadores.

Como o senhor vê o crescimento do PSD aqui na região?
Eu acho que o PSD vem para marcar posição. Está chegando com uma força muito grande e acredito que em 2014 haja uma grande explosão. O PSD vai ser o diferencial, e isso é bom porque acaba dividindo um pouco as forças. É muito ruim um município ou estado onde temos somente um partido que manda.

O senhor falou a respeito de não entrar no PSD por conta dessa dificuldade de ter fortes candidatos, no entanto, o senhor vai concorrer contra os seus colegas do antigo partido como o Fumio Miazaki, por exemplo, como fica essa situação?
Na verdade nós temos hoje, praticamente, 600 candidatos em Osasco, uma lista muito grande, e entre esses 600 candidatos é lógico que a concorrência vai existir. Concorrer com o Miazaki e com eles não seria tão desleal porque já são vereadores e têm um trabalho na cidade, acho que a concorrência maior é com aqueles que não têm mandato. Quem já está no poder leva uma certa vantagem.Além disso, o eleitorado do Miazaki e do Josias é um e o meu é outro.Durante esses 20 anos de trabalho eu tenho votos na cidade toda e eles têm um voto mais selecionado em bairros, então não vai atrapalhar porque nossos eleitores são diferentes.

O senhor acha que o João Paulo é o nome mais forte dentro do PT?
Eu acho que hoje, dentro do cenário político que nós vivemos, o PT tem bons nomes, mas o que mais se destaca é do João Paulo Cunha por ser deputado federal e até já ter assumido a posição como presidente da República, foi por poucos dias, mas foi. Por estar hoje na CCJ, a comissão super importante da Câmara, creio que o João Paulo é o nome mais indicado para essa possibilidade de ser o candidato a prefeito. Porém o PT tem um sistema diferente de escolha. Eles fazem as suas reuniões e quem escolhe é a executiva através de voto. Não é uma coisa muito tranquila, mas creio que deve ser ele [João Paulo].